Inauguração da Exposição Quentchura do artista Kboco
Publicada em 11/08/24 às 19:38h - 34 visualizações
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(Foto: Vera Donato)
A Galeria Movimento tem o prazer de anunciar a exposição "Quentchura", uma mostra que explora a interseção entre o abstrato e o sagrado na obra do artista Kboco. A exposição será inaugurada no dia 08 de agosto de 2024 e promete oferecer uma experiência única que mistura elementos de diversas culturas e tradições espirituais com a vibrante cultura urbana brasileira. Serão apresentadas 7 telas, 18 assemblages e 3 grandes totens. A obra de Kboco é uma fusão de símbolos de culturas diversas, incluindo hindu, budista, egípcia antiga, e das culturas urbanas brasileiras contemporâneas. A exposição destaca a importância do espiritual como conteúdo na arte abstrata, evocando sentimentos, emoções e o imaterial. Suas obras são descritas como misteriosas e familiares, evocando totens, monumentos arcaicos e objetos esotéricos, que conectam o observador a outras dimensões e entes mágicos. "O teórico croata da imagem, Krešimir Purgar, observa que a vontade de abstração não é uma característica da arte moderna, embora artistas de vanguarda, no início do século XX, tenham produzido arte abstrata e escrito sobre ela” pontua a curadora Ana Avelar, que em seu texto crítico, destaca que a obra de Kboco se estabelece na materialização de algo indizível e sem correspondência no mundo dos fenômenos: “Entre a dimensão ritualística da magia e a experiência urbana, suas obras evocam símbolos de culturas diversas enquanto criam outros. A arte de Kboco reúne símbolos de procedências múltiplas e utiliza a técnica de remixagem para criar um léxico visual único”. A exposição "Quentchura" promete ser uma experiência imersiva que apaga hierarquias entre tempos, agentes e culturas, apontando para a essencialidade do sagrado em nossa existência. O título da exposição, "Quentchura", combina a ideia de calor com a gíria carinhosa "tchutchuca", difundida pelo funk carioca no início dos anos 2000, refletindo a mixagem cultural e a ebulição criativa da obra de Kboco. Sobre o artista: Kboco nasceu em Goiânia/GO, para onde retornou recentemente após dedicar anos à pesquisa, produção e a uma vivência no cerrado, em Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros. Desde a infância, seu contato com a cultura hip-hop o levou a expandir o universo de suas pinturas para além das molduras, conferindo a seu trabalho uma escala arquitetônica, dinâmica, própria das ruas, que se reflete nas composições de suas pinturas em tela. Em sua obra, Kboco utiliza símbolos arquetípicos que perpassam distintas civilizações e culturas, criando uma trama estruturadora de toda sua obra, gerando novos sentidos a partir da aproximação de imagens e signos. Suas telas, desenhos e instalações apresentam referências à arquitetura e à arte mourisca, à rica padronagem dos tecidos, bem como a símbolos e entidades das religiões de origem africana. Além disso, ele incorpora as cores, formas e texturas do Cerrado em suas obras. Kboco teve suas obras expostas nas Bienais de Valência (2007) e São Paulo (2010), uma exposição individual no Museu Afro Brasil (2018), na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, Portugal (2010), MAM-SP (2005) e na Bienal de Monterrey, México (2009). Além disso, ele participou de várias exposições coletivas e realizou inúmeros murais em espaços públicos nas ruas de Olinda, Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Goiânia, Nova York, Itália, Alemanha, Espanha e México. Sobre a curadora: Ana Avelar é professora, crítica e curadora. Realizou exposições no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB-BH), Farol Santander (SP) e SESC-SP. Participa também de júris de prêmios nacionais, como Marcantonio Vilaça e Pipa.
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